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"QUEREMOS VOLTAR À RUA, QUE É O QUE AS PESSOAS QUEREM”
Novidades

22 Setembro 2022

"QUEREMOS VOLTAR À RUA, QUE É O QUE AS PESSOAS QUEREM”

"QUEREMOS VOLTAR À RUA, QUE É O QUE AS PESSOAS QUEREM”

Modista precoce, aos 16 anos Ana Faria já tinha atelier com nome próprio, em Barcelos. “Com a ajuda de quatro ou cinco moças, chegava a fazer três vestidos de noiva por semana”, conta a mais nova dos sete filhos de um casal de agricultores, que sempre soube que queria ser modista e aos 11 anos já praticava num atelier da Póvoa de Varzim. Casou aos 18, aos 25 fundava a Flor da Moda Confeções e pouco depois a marca Ana Sousa. O apelido veio do casamento com João Sousa, o filho do alfaiate da aldeia que lhe seguiu as pisadas. Mais que uma junção de agulhas, foi uma conjugação de atividades que rapidamente se industrializou. No início como confeção para homem, mas depressa a criatividade, sensibilidade e elegância impuseram o nome de Ana Sousa como referência na moda feminina. Uma marca que hoje é do mundo mas que nunca deixou de ter a aldeia natal de Pereira como centro de atividade.


“Estamos, cheios, cheios de encomendas. Tanto que nem conseguimos trabalhar para a nossa marca.” Por estes dias Ana Sousa, a estilista que dá o nome à etiqueta, confronta-se com a empresária que também confeciona para algumas das mais destacadas marcas internacionais de moda feminina. A rodar em três faixas com o private label e as marcas próprias Ana Sousa e Temperatura, a empresária conjuga a satisfação pelo crescimento das encomendas da Flor da Moda – “nomes grandes da moda, marcas históricas e muitas outras que estão a sair da Ásia” – com o entusiasmo com as novas coleções Ana Sousa e Temperatura, que representam não só um refrescamento e evolução no estilo e nos materiais, mas também uma nova estratégia na ligação com as suas clientes. “Queremos voltar à rua, sair dos shoppings que é o que as pessoas desejam. Por toda a Europa os centros comerciais fecham ao fim-de-semana, e depois da pandemia há também uma nova dinâmica, querem coisas mais soltas e sustentáveis”, diz a criadora que vai lançar já no início de setembro as coleções Inverno 22/23 nas lojas de Lisboa, Porto, Braga e Coimbra. Peças que estarão de seguida nos espaços e pontos de venda (28) que a Ana Sousa tem espalhados pelo país, numa rede que se alarga ainda por vários países da Europa, México, Colômbia e África do Sul.

Na Ana Sousa o tema são as peças retas, casacões e blazers e calças largas, uma mistura friendly e casual mas sem despir de todo algum formalismo. “Este inverno não é tão fechado, as estações estão agora menos definidas e temos algumas cores mais quentes, uma mistura de cor e tons escuros, com materiais reciclados e orgânicos, fibras naturais e sintéticas. Uma mais-valia para as clientes, que estão à procura de coisas mais técnicas”, considera a estilista, avançando que são mudanças que transporta também para a coleção verão 2023, “que já está pronta”.

Um entusiasmo que estende à coleção Temperatura, “com materiais mais técnicos e funcionais, que não tem tanto detalhe” e, como tal, mais acessível em termos de preço. “Ana Sousa tem glamour e requinte, é mais elegante, formal e feminina, enquanto a mulher Temperatura é mais solta, dinâmica, vigorosa e despida de preconceitos”, sintetiza, frisando que apesar de tudo não são coleções estanques.

“Não é isso que quero, a ideia é mesmo que se possam cruzar e completar. Tanto pode juntar uns ténis e pôr um blazer como associar sapatos com stiletto para sair à noite”, aconselha a empresária que viu a primeira coleção Temperatura esbarrar com a pandemia logo à nascença. Mas como os tempos difíceis são sempre também uma oportunidade, a marca acabou por se afirmar no online, num movimento que se alargou à Ana Sousa. Embora separadas, ambas estão no mesmo site. Com clientes fidelizados, as vendas da coleção de verão” já foram interessantes” e estão “a andar muito bem” com a de inverno. Tanto nas lojas como no online e com ambas as marcas, precisa Ana Sousa, que se mostra “muito satisfeita mas sobretudo contente por os clientes adorarem a coleção e darem os parabéns pelo design”. Mesmo irmanadas no regresso à rua e no entusiasmo com que as envolve, Ana Sousa faz questão de reforçar que as duas marcas rodam mesmo em faixas separadas: “têm logísticas e conceitos próprios e as equipas de design estão separadas. Queremos que não haja influências, manter a identidade, e para isso até mesmo as pessoas são diferentes”.

Fonte

Jornal T

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